Responsible Gaming Officer

Job Description

O Responsible Gaming Officer é o profissional especializado responsável pela implementação, monitoramento e evolução contínua de todas as políticas e procedimentos de Jogo Responsável em uma operação de iGaming. 

Este cargo envolve gestão operacional do programa de autoexclusão (tanto específica da plataforma quanto centralizada via SIGAP/Serpro), configuração e monitoramento de limites obrigatórios de depósito e perdas estabelecidos pela Portaria SPA/MF nº 2.579/2025, identificação proativa de padrões de comportamento de risco através de análise de dados de jogo (tempo de sessão, frequência de apostas, valores crescentes, perseguição de perdas), e execução de intervenções estruturadas quando sinais de ludopatia são detectados. 

O profissional também gerencia relacionamento com entidades de suporte externo (Jogadores Anônimos, CAPS do SUS, Ambulatório do Jogo Patológico HC-USP), desenvolve e ministra treinamentos obrigatórios de Jogo Responsável para todos os colaboradores da empresa (especialmente suporte e marketing).

É ele quem garante conformidade absoluta com todas as restrições regulatórias — incluindo proibição de apostas por menores de 18 anos, beneficiários de Bolsa Família/BPC, pessoas em lista de autoexclusão, e PEPs (Pessoas Politicamente Expostas).

Importância dentro da Trilha

O Responsible Gaming Officer opera na linha de frente de uma das questões mais críticas e sensíveis do iGaming brasileiro: a proteção de jogadores vulneráveis em um mercado que já apresenta dimensões epidêmicas de problema de jogo. 

Com dados alarmantes mostrando que mais de 10 milhões de brasileiros apresentam comportamento de risco para ludopatia, que 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em apostas, e que 80% dos ludopatas pensaram em suicídio (versus 5% da população geral), este profissional carrega responsabilidade moral e legal de literalmente salvar vidas. 

Sua importância se amplifica quando consideramos que a própria continuidade da regulamentação brasileira depende da eficácia das medidas de proteção ao jogador. 

O Responsible Gaming Officer é quem materializa o compromisso ético da empresa com o bem-estar dos jogadores, implementando não apenas o mínimo legal exigido, mas construindo cultura genuína de proteção que reconhece a ludopatia como doença que requer intervenção compassiva e baseada em evidências científicas.

Evolução de Carreira

A progressão do Responsible Gaming Officer para ESG Manager ocorre através do desenvolvimento de três capacidades distintivas: expertise profunda em psicologia do vício e intervenções baseadas em evidências, capacidade comprovada de construir programas escaláveis de proteção ao jogador, e visão sistêmica de como Responsible Gaming se integra com agenda ESG mais ampla da empresa.
 

Com 24 a 36 meses de experiência demonstrando excelência na implementação de programa de Jogo Responsável que resultou em métricas mensuráveis de impacto (aumento no uso de ferramentas de autoexclusão e limites, redução em indicadores de comportamento compulsivo entre a base de jogadores, zero infrações regulatórias em auditorias da SPA/MF)

É esperado que desenvolva expertise reconhecida em identificação precoce de padrões de risco através de analytics avançado, e apresentado habilidades de influência organizacional (conseguindo engajar áreas como produto, marketing e operações em práticas de Jogo Responsável mesmo quando conflitam com objetivos de curto prazo). 

O profissional está preparado para assumir responsabilidade por toda a agenda de sustentabilidade corporativa. Esta transição requer evolução de guardião de compliance social específico (Jogo Responsável) para arquiteto de impacto positivo holístico (ESG completo), aplicando frameworks internacionais de sustentabilidade corporativa e relatoria integrada.

Demais carreiras desta trilha

ESG Manager

CSR Lead (Chief Social Responsiblity)